quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Bélgica

Geografia
A Bélgica tem uma área de 30.510 km², distribuídos por três regiões físicas principais: a planície costeira (a noroeste), o planalto central e as elevações das Ardenas ( a sudeste).

Demografia
Os cerca de 10,4 milhões (julho 2005, estimado) de habiotantes são divididos pelo idioma em dois grandes grupos: os valões (3,2 milhões), que falam francês, e os flamengos (6,2 milhões)

Política
A Bélgica é uma monarquia constitucional parlamentar. Possui um Primeiro-Ministro que perfaz o papel de chefe

político do país, um parlamento nacional, e três parlamentos regionais. É uma nação que funciona plenamente nas leis do parlamento, tendo o rei só como uma figura simbólica, apesar dele ser o Chefe de Estado.


Economia
As principais indústrias da Bélgica são:
* Metalurgia
* Químicos (Remédios)
* Eletrónicos
* Têxteis (Roupas e Sapatos)
* Vidros
* Chocolates
* Diamantes
* Móveis
* Agricultura (Uvas, ameixas, morangos, aspargos)

Remarks
- País Fundador da União Europeia em 1957
- Alberga uma das sedes da UE em Bruxelas
- Existem mais de 450 tipos de cerveja, onde se incluem as cervejas 'trapist' (fabricadas por monges) e a cerveja feita de cereja.

Florida Keys: As “Caraíbas americanas”

A altura de escolher as férias de mergulho é sempre complicado, queremos cortar com o dia a dia, deixar as águas frias e pouco generosas (do Inverno último) para trás, os fatos secos, os underwares e dedicarmo-nos a águas mais quentes, retirar o fato húmido e as chinelas do gavetão.
Este ano, resolvemos fazer algo um pouco diferente, dividimos as férias em dois períodos: resort totalmente dedicado ao mergulho/snorkeling nas caraíbas ocidentais - Roatan e apartamento + centro de mergulho independente nas “caraíbas americanas” - Florida Keys. Este artigo é apenas sobre a segunda parte da viagem...

É fácil encontrar em qualquer revista de mergulho americana publicidade directa ou até mesmo artigos de opinião e exaltação do mergulho nas Keys, enaltecendo a proximidade e comparando-o com o mergulho nas águas caribeñas. Será que é mesmo assim? Resolvemos investigar.

Como acontece com muitos dos destinos apetecíveis de férias, não existe ligação directa de Lisboa a Miami, por isso optámos por uma viagem com escala na cidade de Madrid. Cerca de 10 horas depois chegámos ao aeroporto de destino – Miami. Concluídas as formalidades de entrada nos EUA e do aluguer do carro, dirigimo-nos à nossa base nos próximos dias:

Centro de Mergulho: Florida Keys Dive Center – muito perto de Key Largo (a 2 horas do aeroporto)
Altura do ano: Maio
Tempo: Quente/”abafado”
Temperatura superfície: 26ºC/30ºC
Temperatura da água: 25ºC/26ºC
Fato: Húmido 2,5mm (para os mais friorentos é aconselhável um de 5mm)

A viagem de carro é fantástica e o tempo passa bem depressa.
As regras do Centro são definidas no primeiro dia, é necessário apresentar as certificações de mergulho e nitrox, preencher a folha “PADI”, mas a questão “Seguro de Mergulho” não é abordada”. Neste Centro, a presença de um guia na água tem de ser solicitada com antecedência e acresce um preço, é possível fazer até duas saídas diárias, com dois mergulhos cada. O barco da manhã parte às 8:30 – inclui a visita a um naufrágio – e o da tarde às 13 horas – ambos os mergulhos em recife. Estas horas não são meramente indicativas e pressupõem que o gás das garrafas tenha sido analisado, que todo o equipamento esteja a bordo e que seja feita uma chamada para verificar que ninguém fica em terra. O primeiro briefing – o mais “técnico” – é efectuado entre a doca e a saída para mar aberto… em tom muito americano somos informados das regras de mergulho, de todos os procedimentos de segurança do barco (incluindo as regras de segurança da Marinha Americana em caso de emergência), onde podemos encontraro kit de oxigénio, os coletes salva vidas e o funcionamento da casa de banho a bordo.


A maioria dos naufrágios distam entre 45 minutos a 1 hora da base, e devido ao vento que se fez sentir em toda a nossa estadia tomámos sempre um duche “pré-mergulho”. A cinco minutos de cada local de mergulho o capitão do barco abranda a marcha o que nos indica que é tempo de briefing sobre o local e de nos prepararmos: vestir o fato, sentar, colocar o colete, barbatanas e aguardar a imobilização do barco (nos naufrágios prendiam o cabo a uma bóia enquanto que nos recifes, na maioria das vezes, lançavam âncora numa clareira de areia).

Mergulho em naufrágio:
O percurso desde o local onde nos sentávamos no barco até ao local de entrada para a água foi sempre acompanhado por um elemento do centro (em todas as saídas estiveram presentes 4 elementos do staff) que verificava desde a nossa torneira até ao “ok” de cada um dos mergulhadores após a entrada na água.
Depois da entrada na água em passo de gigante, havia que seguir uma corda amarela até uma segunda corda de cor branca, perpendicular ao barco, obter flutuabilidade negativa e seguir mais uns metros até, finalmente, atingir o cabo final que ligava a bóia ao navio afundado. O perfil e tempo de mergulho são deixados à consideração de cada mergulhador, até ao limite não descompressivo e aconselharam sempre um patamar mínimo de 5 minutos aos 5 metros.
Ao entrar na água, a primeira coisa que nos salta à vista é o azul, apesar de não ser tão transparente como as Caraíbas (mas também é a primeira vez que mergulhámos neste lado do Mundo em Maio) é bastante intenso. Poucos metros bastavam para que se observasse a imponência dos destroços.

Este centro oferece, diariamente, saídas para os seguintes naufrágios:
- Spiegel Grove – navio de transporte da marinha afundado em 2002 que serviu durante a Guerra-fria para transporte de tropas, equipamentos e apoio a “países amigos”. Este navio é um dos maiores já afundados pelo homem. Com os seus imponentes 156 metros de comprimento, assenta de lado a cerca de 40 metros de profundidade. Pela sua dimensão, não é possível vislumbrar a totalidade do navio, mesmo em dias de excelente visibilidade.
É habitat de garoupas, jacks e pequenos cardumes de peixes tropicais.

- Eagle – este navio de carga de 87 metros foi afundado a 19 de Dezembro de 1985. Com a passagem do furacão George em Setembro de 1998, o navio foi quebrado em dois e a popa deslocou-se criando um ângulo diferente para apreciar o naufrágio que, agora se estende por mais de 100 metros, a uma profundidade máxima de 35 metros.
Desde 85 que este navio se tem tornado o habitat de diversas espécies como peixes anjo, chernes e jacks.

- USCG Duane – navio da guarda costeira americana, construído em 1936 em Filadélfia que após 49 anos de serviço, ter feito parte da frota do Atlântico em 1941, foi doado à Keys Association of Dive Operators para integrar os recifes artificiais da Florida. Este navio com cerca de 100 metros de comprimento foi afundado a 27 de Novembro de 87 e está assente, direito, num fundo de areia a 36 metros de profundidade e mastro a 18 metros.
Neste naufrágio é possível encontrar barracudas, peixes anjo, peixes trombeta, damselfish, tartarugas.

- USCG Bibb – navio da guarda costeira americana, construído em Charleston no ano de 1935 e que nos seus 50 anos de serviço, participou na II Guerra Mundial e no Vietname. Com a mesma dimensão do anterior, foi afundado a 28 de Novembro de 1987 e está assente a estibordo a cerca de 37 metros de profundidade.
Neste naufrágio e, pela sua proximidade ao Duane (cerca de 180 metros) é possível encontrar o mesmo tipo de vida marinha.

Mergulho em recife:
Os peixes que por lá se encontra são os mesmos que nas águas das Caraíbas, as mesmas cores mas em quantidade superior… são bastante fotogénicos e deixam os mergulhadores aproximar-se bastante e tomar o tempo necessário para as fotografias. Encontramos blue parotfish, moreias, damselfish, yellowtail snappers, peixes anjo.
A cor intensa dos diversos cardumes de peixes contrasta com os tons pastel e pequena dimensão dos corais e esponjas.

No penúltimo dia ainda tivemos tempo para visitar o ponto mais a Sul do Continente americano – Key West, que dista apenas 92 milhas (+/- 148 Kms) de Cuba. As águas aqui estavam um pouco mais agitadas sem, no entanto, perder a sua cor. Este local marcou-nos não por isso, mas sim pela possibilidade de presenciar e fotografar os últimos trabalhos de limpeza do navio USNS Gen. Hoyt S. Vandenberg, que dentro de umas semanas, seria o mais recente naufrágio das Keys e uma boa razão para o nosso regresso.
É possível acompanhar todo o processo , inclusivé o seu afundamento a 27 de Maio em http://www.bigshipwrecks.com/.

A Florida investe bastante nestes recifes artificiais como forma de potenciar o turismo e a vida marinha. um exemplo a seguir!
Os navios são afundados após estudo, limpeza minuciosa e empenho por parte das autoridades competentes, voluntários e doações...

O mergulho nas Keys, vale, sem dúvida, pelos naufrágios imponentes... só faltou a amabilidade e o espírito caribeño.

Mergulho em Roatan

As esponjas de Roatan

























Os
peixes de Roatan...








... E, os outros










O Marvin

Aqui está o nosso guia durante a estadia no AKR... Um hondurenho bastante simpático, que fala três línguas e que começou por limpar barcos no Continente e, hoje é Divemaster...

Mergulhos em Roatan:


Para além dos mergulhos em naufrágio e do Mary´s Place, o recife que ladeia a ilha permite diversas imersões em topografias distintas e cheias de esponjas e peixes coloridos.

Como cada dia no AKR contém um minimo de 3 mergulhos (total disponível embarcado), as imersões têm isso em consideração e não ultrapassam os 45 minutos e distam de 2 minutos até 40 minutos de distância (de barco) ao Resort.



Hora de Partida:
1º Mergulho: 08:00
2º Mergulho: 10:30
3º Mergulho: 14:00
Tempo de Mergulho máximo: 0:45:00
Gás: EAN32
Visibilidade: 20/25 mts (menor visibilidade nas zonas mais perto da costa e/ou menos profundas)
Temp. Água: 26ºC/27ºC
Temp. Superfície: 28ºC
Garrafa: 11 lts / Alumínio
Embarcação: Haydee
Buddy*: Cíclope
Divemaster: Marvin

Como de costume, há medida que nos equipavamos iamos caindo na água. A ausência de corrente permite que o grupo se junte perto da área de saída do barco até que o último merrgulhador entre na água e esteja pronto para imergir... grupo completo, então o Marvin dá sinal para iniciarmos a descida.
Descemos e reagrupamos no fundo, há verificação do divemaster de que o grupo se manteve durante a descida, eu e o Cíclope aproveitamos para preparar a máquina, verificarmos se é necessário algum reajuste de equipamento e inicamos a prospecção de "modelos2 para as nossas fotos :-).

Espécies tropicais:
Encontrámos de tudo um pouco, apesar de nos ter faltado a visita do tubarão baleia que costuma passar ao largo da ilha de Utila.
- Stoplight parrotfish
- Caribbean Crab
- Grandes gorgónias
- Tube sponges
- Christmas trees
- Tartarugas
- Cow fish

Cada mergulho pareceu sempre único, e a paisagem apesar de típica das Caraíbas brindou-nos sempre com algo diferente a cada imersão.

Faltou, realmente uma protecção térmica um pouco superior aos 2,5mm que levámos...
Ficou: o calor humano, as paisagens (subaquática e à superfície) e o Resort base, realmente pensado para o mergulhador e para o conforto... o magnífico pôr-do-sol do alpendre do nosso bungalow na Key com vista sobre Roatan e sobre a entrada da baía.




* Buddy = Parceiro de mergulho